sábado, 28 de março de 2009

Hino

O Grande Hino a Aton, provavelmente composto pelo próprio faraó, fornece uma imagem tão concreta quanto poética dessa religião (apenas uma parte do hino):

Como é bela a tua aparição no horizonte do céu,
ó Aton vivo, que deste início à vida (...)
Mas assim que te pões no horizonte ocidental,
a Terra mergulha na escuridão em estado de morte.
Todos deitados nos quartos, com a cabeça coberta,
ninguém vê ninguém;
Se lhes roubam todos os bens que possuem sob os olhos,
nem percebem!
Todos os leões saem de seus covis
e todas as serpentes picam.
As trevas se espalham e a terra fica em silêncio,
quando seu criador se põe no horizonte.
Ao amanhecer, assim que nasces no horizonte,
brilhas como astro do dia,
expulsas as trevas para lançar teus raios.
As Duas Terras ficam em festa.
Todos acordam, põem-se de pé,
pois tu os ergueste.
Os corpos estão limpos; os trajes, repassados;
e os braços, em gesto de adoração ao apareceres.
A Terra inteira trabalha,
e todos os animais estão satisfeitos com seu pasto.

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