Do Médio Império em diante, a engenhosidade linguística também aparece na maneira pela qual os egípcios tiravam proveito da escrita para inventar mensagens cifradas. Os egípcios viam as palavras como algo vivo e mágico, sentindo grande deleite em manipulá-las, detectar analogias acidentais ou bizarras, flagrar antíteses ou convergências e inventar enigmas. Com seu elemento de anagrama, sua linguagem se prestava gloriosamente a essas atividades. Uma das razões pelas quais não se fazia nenhuma tentativa para simplificar a linguagem era justamente para mantê-la hierática (relativo ao que é sagrado). A elucidação dos textos fazia parte do ritual do sacerdócio. Revelá-los significa enfraquecer seus encantos. (História ilustrada do Egito Antigo)
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