quarta-feira, 2 de junho de 2010

Família

– Embora a sociedade fosse muito tolerante, a família que incluia um casal com os seus filhos era considerada o modelo ideal.


A mulher: mantinha o seu nome, uma certa independência e até mesmo o seu trabalho, havia parteiras, tecelãs, prefeitos, ou colaboravam na empresa dos seus maridos. Adquiriam status ao casar: "nbt pr" significa administradora do Patrimônio e em casa eram elas que organizavam tudo. Prestavam muito mais atenção à sua aparência, principalmente com o penteado e a maquiagem. Nas pinturas que chegaram até aos nossos dias, a pele dos homens era morena e a mulher de classe superior tinha um tom de pele mais pálido. Isso servia para indicar o seu elevado estatuto e para indicar que tanto se podiam abrigar do sol em casa, como podiam pagar os cosméticos. Outras versões (discutíveis) indicam que era um símbolo de pureza, beleza e de inatividade por respeito aos homens que eram sempre representados com um tom de pele mais escura.

Casamento: geralmente iniciado quando os jovem iam viver juntos, elas entre os 12 e os 14 anos e eles aos 16, sem nenhum tipo de estatuto oficial, exceto a assinatura de um contrato em que se descrevia os bens de cada um. O casamento era celebrado em família, porque era um assunto privado. A monogamia ou poligamia, era uma questão prática, não tinha valor jurídico ou moral, em que a esposa e os filhos tinham direito a parte do patrimônio do marido, esta questão influenciava a decisão de ter ou não uma segunda esposa, ou que esta fosse uma escrava.

Divórcio: também era um assunto privado, poderia ser solicitado por qualquer dos cônjuges, por motivos tão amplos como o adultério ou a esterilidade e mesmo a fidelidade da esposa. Se anteriormente se tivesse definido os bens de ambos os cônjuges no contrato feito por um escriba, ela poderia recuperá-los, se não tivesse nada, podia regressar para os seu pais.

Sexo: havia uma grande liberdade, como se podia verificar em numerosos escritos e na moda, as mulheres (exceto no caso da realeza, que se tapavam para não apanhar sol), andavam, da mesma forma que os homens em tronco nú indo dessa forma para o trabalho, exceto em alguns trabalhos em que iam completamente nús:
  • talhantes,
  • marinheiros,
  • empregadas domésticas, etc.
As relações não eram controladas, nem mesmo o adultério da mulher era punido, no pior caso, custava-lhes o divórcio, ainda que em alguns papiros se descrevam casos em que o adultério das mulheres era castigado por lapidação. O única tabu estava em considerar a menstruação impura, ao ponto de dispensar os trabalhadores durante os em que a esposa estivesse menstruada.

Crianças: eram desejadas, ainda que devido à elevada taxa de mortalidade das mulheres no parto, fossem utilizados contraceptivos para prevenir gestações seguidas. As crianças eram mimadas e educadas, sem distinção de sexo e muitos aprendiam a ler e a escrever. Os filhos das famílias nobres frequentavam a escola da Casa Jeneret, a casa da rainha.

Fonte: Wikipédia

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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