
Canopo era o nome de uma cidade costeira egípcia localizada na região do Delta do Nilo, perto da atual cidade de Alexandria. Era também o nome de um piloto de Menelau, que teria sido enterrado nesta cidade, onde foi adorado como divindade representada como um vaso com cabeça humana. Quando os primeiros egiptólogos começaram a desenvolver o seu trabalho eles denominavam qualquer vaso que tivesse uma forma humana como "canopo", acreditando que seria a confirmação da lenda grega.
Os primeiros recipientes usados com o objecto de guardar as vísceras eram feitos de madeira e de alabastro, possuindo a forma de um cofre. O mais antigo que se conhece é um cofre em alabastro que pertenceu à mãe do faraó Khufu (Quéops), a rainha Hetepheres I (IV Dinastia), apresentando quatro compartimentos. Os quatro vasos separados surgiram no tempo de Miquerinos. No começo do Império Novo eram decorados com a imagem idealizada do defunto. Na parte final do Império Novo começaram a representar-se nas tampas as cabeças de um homem, de um babuíno, de um chacal e de um falcão. Na Época Saíta os vasos deixaram de ser usados para colocar órgãos, sendo maciços.
Na versão "clássica" dos vasos canopos (versão em que cada tampa apresenta as cabeças esculpidas dos animais e a cabeça esculpida de um homem) cada um dos vasos era identificado com uma divindade, conhecidas como Filhos de Hórus: Imseti, Hapi, Duamutef e Kebehsenuef.
Acreditava-se que cada um destes filhos de Hórus protegia um órgão, que eram respectivamente o fígado, os pulmões, o estômago e os intestinos. Os vasos eram colocados nos túmulos orientados para cada um dos pontos cardeais, sendo cada um deles associados a uma deusa tutelar: Ísis, Néftis, Neit e Serket.
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