domingo, 24 de janeiro de 2010

A deusa Serket ou Selkhet

Serket a deusa escorpião da mitologia egípcia. O seu nome é uma abreviação da expressão Serket-Hetyt que significa "Aquela que faz respirar a garganta" , de acordo com outra interpretação, "Aquela que facilita a respiração na garganta"

1. no primeiro caso aludia-se ao facilitar da respiração dos récem-nascidos e
2. no segundo ao seu papel benéfico na cura de picadas de escorpião (sendo um dos efeitos destas picadas a sensação de sufoco)

É também conhecida como Selchis, Selkhet, Selkis, Selkhit, Selkit, Selqet, Serkhet, Serket-Hetyt, Serqet e Serquet.

A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida (ou seja estava pronto a picar). Em representações mais raras, surgia como um escorpião com cabeça de mulher, ou como serpente. Na XXI dinastia foi representada como uma mulher com cabeça de leoa, tendo a nuca protegida por um crocodilo.

A referência mais antiga que se conhece à deusa data do tempo da I dinastia (estela de Merika em Saqqara). Segundo alguns autores, o chamado Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do Baixo Egito, embora não se conheça exatamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egito.

De início não possuía as características benéficas que adquire mais tarde. Era a mãe (ou esposa) do deus serpente Nehebkau, cuja função era proteger a realeza e que vivia no mundo dos defuntos. Devido a esta associação, Serket era vista como guardiã de uma das quatro portas do mundo subterrâneo, prendendo os mortos com correntes. Quando Nehebkau tornou-se uma divindade benéfica, Serket seguiu o mesmo caminho.

Junto com as deusas Ísis, Néftis e Neit guardava as vísceras do defunto colocadas nos vasos canópicos. Serket protegia o deus Kebehsenuef (um dos quatro filhos de Hórus) que vigiava os intestinos. Também atribui a ela a capacidade de cegar a serpente Apopi cujo objetivo era evitar a viagem diária de Ré na barca solar. Era apresentada como filha deste deus. Recebia também o epíteto de "Senhora da Bela Mansão", sendo esta mansão a estrutura onde se realizava o processo de embalsamento.

Origem: Wikipédia

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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