Tutmósis III havia desposado 3 estrangeiras, certamente filhas de chefes sírios, a fim de acalmar os ímpetos dessa região. Tutmósis IV também celebrou um casamento diplomático com a filha do rei de Mitami. No ano 10 do reinado de Amenhotep III, a filha do rei do Naharina viera ao Egito acompanhada de uma importante escolta, para um casamento com o faraó, que teve outros casamentos com estrangeiras. Quando chegavam ao Egito, essas princesas estrangeiras, recebiam nomes egípcios e tornavam-se certamente damas da corte e lá passavam anos felizes.
Essa diplomacia dos casamentos se efetuava apenas do estrangeiro para o Egito; o rei da Babilônia, que havia casado a sua filha com Amenhotep III e pediu ao faraó que lhe enviasse uma princesa egípcia, recebeu deste a resposta: Jamais, desde tempos remotos, a filha de um Faraó foi dada a qualquer um.
Ramsés II consolidou a paz no Oriente Próximo, casando-se ao que parece com:
- uma babilônia,
- uma síria e
- duas hititas
No ano 34 de seu reinado casou com a filha de Hattusil "o grande chefe" hitita, o principal adversário do faraó. A viagem foi longa, atravessando Canaã, a costa do Sinai, chegando a Pi-Ramsés, a magnífica capital de Ramsés II, que a recebeu pessoalmente e amou de imediato o seu belo rosto. Deu-lhe o nome de Mat-Hor-neferu-Ra, "aquela que vê Hórus e a beleza de Ra" e tornou a grande esposa real – honra extraordinária.
Uma estela do Louvre, constitui um documento redigido na 21ª ou 22ª dinastia, conta o casamento da princesa hitita com Ramsés II. Dezessete meses de viagem de uma bela princesa, vinda de um país muito distante, Bakhtan, para descobrir o Egito...
Origem: 'As Egípcias' de Christian Jacq
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