sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A esposa hitita de Ramsés II

Um tratado de paz com os hititas, põem fim a um longo período de guerras e conflitos armados. E para selar essa paz, um casamento entre uma princesa estrangeira e o faraó foi necessário.

Tutmósis III havia desposado 3 estrangeiras, certamente filhas de chefes sírios, a fim de acalmar os ímpetos dessa região. Tutmósis IV também celebrou um casamento diplomático com a filha do rei de Mitami. No ano 10 do reinado de Amenhotep III, a filha do rei do Naharina viera ao Egito acompanhada de uma importante escolta, para um casamento com o faraó, que teve outros casamentos com estrangeiras. Quando chegavam ao Egito, essas princesas estrangeiras, recebiam nomes egípcios e tornavam-se certamente damas da corte e lá passavam anos felizes.

Essa diplomacia dos casamentos se efetuava apenas do estrangeiro para o Egito; o rei da Babilônia, que havia casado a sua filha com Amenhotep III e pediu ao faraó que lhe enviasse uma princesa egípcia, recebeu deste a resposta: Jamais, desde tempos remotos, a filha de um Faraó foi dada a qualquer um.

Ramsés II consolidou a paz no Oriente Próximo, casando-se ao que parece com:
  • uma babilônia,
  • uma síria e
  • duas hititas
No ano 34 de seu reinado casou com a filha de Hattusil "o grande chefe" hitita, o principal adversário do faraó. A viagem foi longa, atravessando Canaã, a costa do Sinai, chegando a Pi-Ramsés, a magnífica capital de Ramsés II, que a recebeu pessoalmente e amou de imediato o seu belo rosto. Deu-lhe o nome de Mat-Hor-neferu-Ra, "aquela que vê Hórus e a beleza de Ra" e tornou a grande esposa real – honra extraordinária.

Uma estela do Louvre, constitui um documento redigido na 21ª ou 22ª dinastia, conta o casamento da princesa hitita com Ramsés II. Dezessete meses de viagem de uma bela princesa, vinda de um país muito distante, Bakhtan, para descobrir o Egito...

Origem: 'As Egípcias' de Christian Jacq

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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