segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Miquerinos

Sucedendo a Quéfren, sobe ao trono por volta de 2490 a.C , tendo reinado por quase 20 anos. Várias estátuas conservadas no Museu de Boston, ele aparece em companhia de sua esposa. Mas sobre seu reinado não temos muita informação, a não ser as indicadas por Heródoto.

Sua pirâmide – a terceira do planalto de Gizé, é bem menor que a dos seus 2 antecessores, atingindo pouco mais de 70 m de altura, e o conjunto funerário não se encontra terminado. Cada lado da base desse monumento mede 108 m e 66 cm, perfazendo uma área ocupada de 11 mil e 807 m2. As 16 carreiras inferiores da pirâmide são revestidas de granito vermelho, polido em algumas delas e em estado bruto em outras, e as demais de pedra calcária polida. Os antigos egípcios deram-lhe o nome de Neter Men-kau-Re, divino é Miquerinos, ou Neteret, a divina.

Foi encontrado um grande número de estátuas e estatuetas, a maioria das quais representa o faraó Miquerinos sozinho ou como membro de um grupo. No templo do vale, por exemplo, foram encontrados quatro lindos conjuntos esculpidos em ardósia, representando o rei, a deusa Hátor e uma divindade protetora de um dos nomos em que se dividia o país. Na ilustração que se vê ao lado, o rei, usando a coroa do Alto Egito, a barba postiça e a veste real, aparece entre Hátor e a divindade local que simbolizava o 7º nomo do Alto Egito. Outras obras de arte encontradas foram uma estátua de ardósia representando o faraó e a rainha principal, Khamerernebty II, e 15 estátuas inacabadas do rei. Estimativas, feitas com base nos fragmentos de esculturas descobertos no complexo piramidal de Miquerinos, levam a crer que lá existiriam entre 100 e 200 estátuas separadas.

Ao sul do monumento estão enfileiradas três pirâmides subsidiárias que, ao que tudo indica, jamais foram concluídas. A maior, e cuja construção mais avançou, é revestida parcialmente de granito. As outras duas não chegaram até a fase do acabamento. Junto à face leste de cada uma delas há um pequeno templo funerário. Edificados com tijolo, provavelmente foram erguidos por Shepseskaf após a morte do pai. Não existem indícios de a quem pertenciam tais pirâmides. Pelo tamanho, é provável que a maior se destinasse ao sepultamento da rainha Khamerernebty II. Em outra foi encontrado um pequeno sarcófago de granito, contendo alguns ossos humanos aparentemente de uma mulher moça, o que leva a supor que teria sido o túmulo de uma princesa ou rainha jovem. Desconhecemos totalmente a quem se destinava a terceira pirâmide.

Nada confirma uma crise durante seu reinado. A sua pirâmide testemunha inovação no que se refere ao revestimento, que é em granito até 1/3 da altura, depois em calcário. Tal como as outras 2 pirâmides, situa-se ao norte. Na câmara funerária situada sob o monumento é inteiramente construída em granito, um sarcófago em basalto, cuja tampa, decorada como a fachada de um palácio. O sarcófago de Miquerinos, destinado ao Museu Britânico, nunca chegou lá, o barco de transporte naufragou desaparecendo para sempre.

Fonte: Wikipédia e geocities.com

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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