O tesouro da rainha– mãe do rei
Uma sepultura há 25 m da superfície do solo e inviolada. O sarcófago estava vazio. Mas a sala continha muitos objetos. O nome da legítima ocupante era Hetep-Herés, que provavelmente significa "o faraó é plenitude graças a ela". Era esposa do faraó Snefru e a mãe do construtor da Grande Pirâmide. O equipamento que levou para o além era notável:
- baixela em ouro,
- um dossel em madeira,
- tronos revestidos a ouro,
- uma cama e sua cabeceira,
- colares,
- cofres,
- recipientes de cobre e de prata,
- pulseiras de prata com incrustações de cornalina, lápis lazúli e turquesa,
- pequeno cofre de madeira dourada contendo dois rolos para guardar essas jóias,
- bandejas e taças de ouro,
- pote de cobre,
- liteira descoberta em peças soltas e depois montada
A magnífica liteira da mãe de Quéops é um símbolo associado à sua função. A rainha do Egito possuía os títulos de "liteira de Hórus" e de "liteira de Seth", "a Grande que é uma liteira". Assim como Ísis é o trono de onde nasce o rei do Egito, a rainha é a liteira que permite ao monarca deslocar-se e estar em ação. (*)
O título de "mãe do rei" será utilizado até a última dinastia. A expressão não designa obrigatoriamente a mãe carnal de um faraó. A filiação corporal é proclamada, mas é impossível afirmar a existência de laços familiares mais concretos.
ver também: O porta jóias da rainha Hetepheres I
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(*) uma das palavras que serve para indicar a liteira – hetes – é também o nome de um dos cetros utilizados pela rainha e que lhe permite, nomeadamente, consagrar uma construção transformando-a em "centro de produção" de energia sagrada.
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Origem: 'As Egípcias' de Christian Jacq
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