quinta-feira, 15 de julho de 2010

Serápis

Serápis ou Sárapis foi uma divindade da fusão helenístico-egípcia da Antiguidade Clássica. Seu templo mais célebre localizava-se em Alexandria, no Egito.

Sob Ptolomeu Sóter diversos esforços foram feitos para integrar a religião egípcia com a de seus soberanos helênicos. A política de Ptolomeu consistiu em encontrar uma divindade que conquistasse a reverência dos dois grupos étnicos do país, a despeito das maldições imprecadas pelos sacerdotes egípcios contra os deuses dos antigos soberanos estrangeiros (como o deus Seth, que foi louvado pelos hicsos). Alexandre, o Grande havia tentado usar Amon para este propósito, porém este deus era mais cultuado no Alto Egito, e não tinha tanta popularidade entre os habitantes do Baixo Egito, onde havia maior influência grega.

Os gregos tinham pouco respeito por figuras com cabeças de animais, e portanto uma estátua antropomórfica (forma humana), no estilo grego, foi escolhida como ídolo, e proclamada oficialmente como equivalente o deus egípcio Ápis, extremamente popular. Foi chamado inicialmente, em egípcio, de Aser-hapi (ou seja, Osíris-Ápis), que se tornou Serápis; era tido como sendo o deus Osíris em sua totalidade, e não apenas a sua ka (força vital).



História
Admite-se que o culto a Serápis tenha sido introduzido em Alexandria, por volta do séc IVaC com o propósito de reunir em um sincretismo as tradições religiosas egípcia e helênica.
  • do lado egípcio, o deus identificava-se com Osíris, o marido de Ísis;
  • do lado grego, aproximava-se de Dionísio e dos seus mistérios.
Nas duas tradições, esses deuses presidiam à vegetação e governavam o mundo subterrâneo.

Por um certo tempo, Serápis ganhou o status de deus masculino universal ("o único Zeus Serápis"), e seu culto, geralmente associado ao de Ísis, disseminou-se pelo mundo Greco-Romano.

Com o triunfo do Cristianismo, seus seguidores passaram a ser perseguidos e seus locais de culto destruídos. No reinado do imperador Teodósio, em 391, o grande Templo de Serápis, em Alexandria, foi atacado e destruído por ordem do bispo Teófilo, perdendo-se não só o enorme templo como também a Grande Biblioteca de Alexandria Filha (a Biblioteca Mãe foi queimada por Júlio César, por acidente).



Serápis é representado com o aspecto de um homem de idade madura e semblante grave, usando barba e longos cabelos. O seu atributo é a corbelha sagrada dos mistérios, símbolo da abundância, juntamente com a serpente de Asclépio, uma vez que ele era, igualmente, um deus curandeiro.






Fonte: Wikipédia

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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