Sob Ptolomeu Sóter diversos esforços foram feitos para integrar a religião egípcia com a de seus soberanos helênicos. A política de Ptolomeu consistiu em encontrar uma divindade que conquistasse a reverência dos dois grupos étnicos do país, a despeito das maldições imprecadas pelos sacerdotes egípcios contra os deuses dos antigos soberanos estrangeiros (como o deus Seth, que foi louvado pelos hicsos). Alexandre, o Grande havia tentado usar Amon para este propósito, porém este deus era mais cultuado no Alto Egito, e não tinha tanta popularidade entre os habitantes do Baixo Egito, onde havia maior influência grega.
Os gregos tinham pouco respeito por figuras com cabeças de animais, e portanto uma estátua antropomórfica (forma humana), no estilo grego, foi escolhida como ídolo, e proclamada oficialmente como equivalente o deus egípcio Ápis, extremamente popular. Foi chamado inicialmente, em egípcio, de Aser-hapi (ou seja, Osíris-Ápis), que se tornou Serápis; era tido como sendo o deus Osíris em sua totalidade, e não apenas a sua ka (força vital).
História
Admite-se que o culto a Serápis tenha sido introduzido em Alexandria, por volta do séc IVaC com o propósito de reunir em um sincretismo as tradições religiosas egípcia e helênica.
Admite-se que o culto a Serápis tenha sido introduzido em Alexandria, por volta do séc IVaC com o propósito de reunir em um sincretismo as tradições religiosas egípcia e helênica.
- do lado egípcio, o deus identificava-se com Osíris, o marido de Ísis;
- do lado grego, aproximava-se de Dionísio e dos seus mistérios.
Nas duas tradições, esses deuses presidiam à vegetação e governavam o mundo subterrâneo.
Por um certo tempo, Serápis ganhou o status de deus masculino universal ("o único Zeus Serápis"), e seu culto, geralmente associado ao de Ísis, disseminou-se pelo mundo Greco-Romano.
Com o triunfo do Cristianismo, seus seguidores passaram a ser perseguidos e seus locais de culto destruídos. No reinado do imperador Teodósio, em 391, o grande Templo de Serápis, em Alexandria, foi atacado e destruído por ordem do bispo Teófilo, perdendo-se não só o enorme templo como também a Grande Biblioteca de Alexandria Filha (a Biblioteca Mãe foi queimada por Júlio César, por acidente).
Serápis é representado com o aspecto de um homem de idade madura e semblante grave, usando barba e longos cabelos. O seu atributo é a corbelha sagrada dos mistérios, símbolo da abundância, juntamente com a serpente de Asclépio, uma vez que ele era, igualmente, um deus curandeiro.
Fonte: Wikipédia
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