domingo, 27 de setembro de 2009

Ramsés II

Ramsés personifica o poder do Egito na época de seu apogeu político e econômico.



...Templos de Ramsés e de Nefertari em Abu-Simbel (imagens senabre.myphotos.cc)


O 3º faraó da 19ª dinastia, reinou entre os anos de 1 289 e 1 224 aC . Ao longo do seu reinado, suas vitórias sobre os inimigos do Norte – os hititas – e do Sul – os núbios – permitiram-lhe alargar as fronteiras do Egito e sua fixação caracterizou os momentos de maior expansão do império. A sociedade egípcia abriu-se ao exterior e assimilou costumes estrangeiros. Nessa época, as atividades comerciais foram tão prósperas que atraíram povos provenientes da Ásia e das ilhas do mar Egeu.


O pai de Ramsés, Seti I, vendo a forte personalidade do filho, logo associou-o ao trono. Desde pequeno destacou-se na arte da guerra e durante a primeira parte de seu longo reinado, suas campanhas militares foram numerosas. Algumas tiveram importantes repercussões políticas, como a contra os hititas que culminou com a assinatura de um pacto entre os maiores impérios da época. A velhice debilitou o caráter dominador de Ramsés, que delegou suas responsabilidades políticas à classe sacerdotal e se desinteressou pela situação instável que se vivia no exterior. O Egito começou a perder influência a favor do império Assírio, e não se preparou para as destrutivas migrações de tribos indo-europeias que acabaram com algumas culturas do Mediterrâneo Oriental. (estátua em diorito preto de Ramsés II)




A reabilitação de construções foi muito importante em seu reinado. Erigiu grandes templos:
  • Abu-Simbel
  • Ramasseum
criou uma nova capital – Pi-Ramsés, no delta. Também concluiu ou restaurou edificações de épocas anteriores.

Se destacou também por sua vida doméstica. Sabemos por textos da época, que teve: oito esposas principais, entre as quais duas de suas filhas e uma de suas irmãs, além de numeroso harém. De todas as suas mulheres, a favorita foi a primeira... Nefertari, que significa "a bela" e que teve uma morte precoce com 30 anos. Documentos daquele período lhe atribuem mais de uma centena de filhos.

Ramsés Construtor – ao chegar ao trono, todos os faraós tinham de realizar uma série de obras, entre as quais a construção de edifícios. O Ramesseum, templo funerário próximo a Tebas, era uma espécie de pequena cidade, onde se uniam a vida laica e a religiosa.

O poder de Ramsés II – está eternizado em uma estátua de diorito preto, considerada o melhor retrato do rei e expressa o poder do faraó sobre os seus inimigos. Seus pés pisam 9 arcos, que simbolizam todos os inimigos do Egito.

Abu-Simbel – na Núbia, encontram-se dois templos escavados na montanha. Na década de 60 foram transferidos para serem salvos das águas da barragem de Assuão. No grande Templo, dois pares de enormes estátuas representando o faraó ladeiam a entrada. O pequeno Templo, era dedicado a Hathor e a Nefertari. Com a construção desses monumentos, o faraó deixou patente o seu domínio sobre a Núbia.

A fama de Ramsés perdura até hoje. Suas obras ainda despertam admiração, e seus restos mortais, pavor. Certa ocasião, sua múmia ergueu o braço perante uma multidão de visitantes em uma exposição na sala do Museu do Cairo. O fato atribuiu-se a uma contração dos músculos secos produzida pelo calor. Atualmente, Ramsés descansa em uma câmara especial para conservação das múmias reais.

Veja também: Ramsés II

Origem: Egitomania, o fascinante mundo do Antigo Egito - fascículos

2 comentários:

  1. EU ADORO O EGITO!sUAS CURIOSIDADES ETC...NA VERDADE EU AMO HISTORIA!!

    ELOOO

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  2. Eloisa oi... eu tb adoro Egito e sua história antiga, mas tb adoro História em geral, veja o meu blog sobre reinos antigos, pura história...

    http://leopoldina-flores.blogspot.com/

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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