segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hermópolis Magna


Hermópolis Magna foi uma cidade do Antigo Egito, cujas ruínas estão situadas a cerca de 50 km ao sul de Mínia, perto da moderna cidade de Mallaui. Os egípcios chamavam esta cidade de Khmunu, o que significa "A cidade dos oito deuses", numa alusão aos oitos deuses que integravam uma cosmogonia desenvolvida na localidade, que se denomina de Ogdóade. Atualmente o local é designado em árabe como El-Achmunein, nome derivado do egípcio Khmunu.

O principal deus da cidade era Tot, divindade lunar associada à escrita, o qual foi identificado pelos antigos gregos com o seu deus Hermes. Em consequência a cidade ficou conhecida como Hermópolis "a cidade de Hermes". Situada no coração do Médio Egito, Hermópolis foi a capital da décima quinta província (nomo) do Alto Egito.

Após a conquista do Egito pelos árabes no século VII, Hermópolis foi sujeita a destruições. No local subsistem apenas ruínas de templos do tempo do Império Médio e do Império Novo, como um pilone (porta monumental) dedicado ao deus Amon mandado erguer pelo faraó Ramsés II (XIX dinastia).

Este pilone utilizou nos seus alicerces 1500 blocos de rocha (talatats) retirados de monumentos de Akhetaton, cidade mandada construir como nova capital egípcia pelo "herege" Akhenaton em meados do século XIV aC e que seria mandada destruir mais tarde, devido ao fracasso da experiência política e religiosa de Akhenaton.

No local há também ruínas de um templo dedicado a Tot que alcançou grande importância na época ptolemaica. Da época cristã, uma basílica bizantina.

Em Tuna el-Gebel, a necrópole da cidade situada a cerca de 12 km a oeste, uma equipe egípcia descobriu nos anos trinta do século XX catacumbas relacionadas com o culto de Tot. Nesta necrópole encontra-se também o conhecido túmulo de Petosíris.

Fonte: Wikipédia

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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