sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Abusir

Abusir "Casa e Templo de Osíris" é o nome dado a um sítio arqueológico do Egito - mais especificamente, uma extensa necrópole do período do Antigo Reino, juntamente com adições posteriores - nas redondezas da capital do país, Cairo. O nome também designa a aldeia vizinha, situada no vale do Nilo, de onde o sítio recebeu seu nome.

Abusir localiza-se diversos quilômetros ao norte de Saqqara e, como aquele sítio, serviu como um dos principais cemitérios para a elite da população que habitava a antiga capital, Mênfis. Diversas outras aldeias, tanto no norte quanto no sul do Egito, receberam o nome de Abusir ou Busiri. É um segmento relativamente pequeno do extenso "campo de pirâmides", que se estende do norte de Guizé ao sul de Saqqara; o local se destacou depois de se tornar foco de prestigiosos enterros da 5ª dinastia. Como um cemitério de elite, Guizé havia sido "preenchida" com giantescas pirâmides e outros monumentos da 4ª dinastia, o que havia levado os faraós da dinastia seguinte a ter de procurar outros sítios para seus monumentos funerários.

Abusir foi também o palco da maior descoberta de papiros do Antigo Reino já descoberta até hoje, os chamados «Papiros de Abusir». No fim do século XIX diversos museus do Ocidente adquiriram coleções de fragmentos de papiro dos registros administrativos de um dos cultos funerários da cidade, o do rei Neferirkare Kakai. Esta descoberta foi complementada no século XX, quando as escavações feitas por uma expedição Tcheca no sítio descobriram papiros de dois outros complexos cultuais, o do faraó Neferefre (também Raneferef) e da mãe do rei, Khentkaus II.

Existem diversas catacumbas próximas à antiga cidade de Busiris. Ao sul de Busiris, um grande cemitério parece ter se estendido por toda a planície. A Busiris heptanômica era, na realidade, um vilarejo situado numa das extremidades da grande necrópole de Mênfis.

Necrópole
Existe um total de 14 pirâmides no sítio, que serviram como a principal necrópole real durante a 5ª dinastia. A qualidade da construção das pirâmides de Abusir é inferior às da 4ª dinastia, o que talvez indique uma diminuição do poder real, ou uma economia menos vibrante; são menores que suas antecessoras, e construídas com pedra local, de menor qualidade.


– As três principais pirâmides pertencem aos faraós:
  1. Nyuserre Ini (a mais intacta delas),
  2. Neferirkare e
  3. Sahure.


O sítio também abriga a pirâmide incompleta de Neferefre. Todas as pirâmides de Abusir foram construídas como pirâmides em degrau, embora a maior delas – a pirâmide de Neferirkare – tenha sido originalmente construída como uma pirâmide em degrau de cerca de 70 metros de altura, e foi transformada posteriormente numa pirâmide "verdadeira" quando seus degraus foram preenchidos com pedras.

Fonte: Wikipédia

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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