domingo, 19 de julho de 2009

19ª Dinastia


Seti I e seu filho Ramsés II, contemplando os seus antepassados

Foi fundada em 1293 a.C quando o faraó Ramsés I assumiu o trono. O último faraó da 18ª dinastia, Horemheb, conseguiu no seu reinado de cerca de um quarto de século estabilizar o Império Egípcio e as suas fronteiras, após o conturbado período dos Reis de Amarna. Morreu sem herdeiros e deixou como sucessor o seu vizir – Paramesse, agora, Ramsés I que morre no seu segundo ano de reinado. A sua Grande Esposa Real, foi a pioneira na criação de túmulos no Vale das Rainhas. Até à data, as rainhas eram normalmente supultadas nos túmulos dos seus esposos. Se morressem posteriormente, o túmulo seria reaberto. Contudo, Sitré teve direito a túmulo próprio numa zona adjacente ao Vale dos Reis, hoje conhecida como Vale das Rainhas.

A 19ª dinastia, ou dinastia Ramséssida devido ao nome do seu fundador, prosseguiu com Seti I, filho de Ramsés I. E depois com o filho deste: Ramsés II 'o Grande'. Sob a proteção destes dois monarcas o Egito prosperou. O Egito conheceu um esplendor inimaginável. Tanto no curto reinado de pouco mais de uma década de Seti I, como no longo reinado de 64 anos de Ramsés II, as campanhas militares sucederam-se e o Egito era a primeira potência da zona do Médio Oriente e Norte de África. O fulgor artístico e a magnificência do aparato régio e clerical não encontram par em nenhum outro período da história egípcia.


Com a morte de Ramsés II 'o Grande', entrou também em declíneo a época áurea do Egito faraônico. O seu filho e sucessor Merenptah teve de enfrentar um período de crescente instabilidade durante o seu reinado de cerca de uma década. Quando da sua morte ocorreu um intervalo na sucessão do Trono das Duas Terras: os indícios arqueológicos apontam para um golpe de Estado em que um príncipe, Amenmesés, terá aproveitado a ausência do presuntivo herdeiro para tomar o poder durante quatro anos. O verdadeiro herdeiro do faraó Merenptah, o príncipe Seti-Merenptah, recupera o trono, com o nome de Seti II. O Egito cada vez mais se abria ao Mundo Mediterrânico, perdendo o isolamento quase total que o seu enquadramento geográfico lhe proporcionava. Já desde o Império Médio que as relações diplomáticas, quer hostis quer amigáveis, se vinham intensificando. Com faraós como Amenhotep III, da 18ª dinastia ou Ramsés II, da 19ª dinastia, tal intercâmbio com o estrangeiro atinge apogeus de intensidade. Situação que se mantém em continuo daí em diante e que levará a situações como a vivida por Ramsés III face aos Povos do Mar.


A Seti II sucede o filho Siptah num curto e atribulado reinado de 6 anos. Com a morte de Siptah extingue-se a linha dos Ramséssidas. A Grande Esposa Real de Seti II, Tausaret, apodera-se do trono e declara-se faraó tomando todos os nomes e títulos inerentes ao cargo. A 19ª dinastia acaba assim em grande confusão e os egiptólogos acreditam que a presença de uma mulher no trono provocou um período de anarquia. Um novo faraó acabará por se impor, Setnakht; fundando a 20ª dinastia egípcia.


























































_______Lista de Faraós_________

Nome (Nome do cartucho) – Datação aproximada do reinado (ainda há muitas divergências quanto as datas)

1º - Ramsés I (Menpehtire) – 1293 a 1291 a.C.
2º - Seti I (Menmaat-re) – 1291 a 1278 a.C.
3º - Ramsés II (Usermaat-re-setepenre) – 1279 a 1212 a.C.
4º - Merneptah (Baenre-hotepirmaat) – 1212 a 1202 a.C.
5º - Amenmesés (Menmi-re) – 1202 a 1199 a.C.
6º - Seti II (Userkheprure-setepenre) – 1199 a 1193 a.C.
7º - Siptah (Akhenre-setepenre) – 1193 a 1187 a.C.
8º - Tausert (Sit-re-meritamun) – 1187 a 1185 a.C.

Fonte: Wikipédia

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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