- um exército
- uma polícia
As forças militares não têm um exército regular, têm tropas recrutadas pelos nomarcas nas suas províncias e enviadas à capital quando necessário. Consistem mais de milícias temporárias do que de regimentos profissionais. Este exército é necessário em circunstâncias precisas:
operações de comandos na Líbia, na Palestina, na Núbia e no Sinai. O Antigo Império não procura conquistar territórios estrangeiros, mas conter ordem nas zonas de influência. Corpos de elite têm uma função paramilitar – trata-se essencialmente da guarda do palácio, que assegura a proteção do rei e de intérpretes que falam línguas estrangeiras e servem de diplomatas ou negociadores. São eles que estão encarregados de concluir tratados comerciais com o estrangeiro. Do armamento dos soldados fazem parte:
- lanças,
- punhais,
- machados,
- maças,
- fundas,
- diversos tipos de arcos e
- escudos em madeira ou em couro
os materiais comuns são a pedra para as maças herdadas da pré-história e o cobre.
A guarda palaciana exercia as funções de polícia do Estado, os nomarcas possuíam "policiais" locais, indispensáveis para resolverem os problemas da aldeia e fazerem reinar a ordem nas estradas. Existe as brigadas especializadas como a dos "caçadores" – uma verdadeira polícia do deserto, que responde pela segurança nos itinerários dos confins orientais e ocidentais do país.
Mênfis é a capital e a grande cidade do Antigo Império. Conservará sempre uma importância econômica que varia com as épocas, mas que nunca é desprezível em toda história faraônica.
Heliópolis é a capital teológica do país, situada não muito longe de Mênfis. Cidade santa, local onde se erguia o templo do deus Rá. Cidade venerada por todos os faraós até os Ptolomeus. Ali batia o coração religioso do primitivo Egito. Do esplendor da cidade solar, dos seus numerosos e magníficos monumentos, resta hoje apenas um único vestígio:
- o obelisco de Sesóstris I
De todas as riquezas desta época, uma deve ser particularmente assinalada porque pertence propriamente ao Antigo Egito e não à cultura árabe que cobriu todo o país: a vinha. Grandes comedores de carne, amantes de legumes e de frutas, os antigos egípcios apreciavam muito o vinho. A produção do Estado era importante e os particulares plantavam vinhas nos seus jardins. A qualidade era severamente verificada, principalmente, as colheitas que envelheciam nas caves do rei e dos notáveis. O nascimento da designação controlada remonta ao Egito do Antigo Império, em vista do que se lê nas etiquetas de ânforas com vinho:
"O ano X do rei TAL, vinho de TAL qualidade proveniente de TAL vinhateiro".
As principais regiões produtoras situavam-se no Delta e nos oásis, geridas por um governador e fornecendo igualmente natrão. Certas colheitas excepcionais foram conservadas durante 2 séculos antes de serem consumidas. Nestas circunstâncias não é de se admirar que a deusa Hathor tenha sido ao mesmo tempo a padroeira do amor e a da embriaguez. O tema da embriaguez divina faz parte do mais velho substrato da religião egípcia.
Não haviam os egípcios do Antigo Império convidado os deuses para um dos mais belos banquetes da História, durante o qual se sentaram lado a lado grandes faraós, construtores de pirâmides, escultores inspirados e simples mortais cuja existência assumia sentido porque era integrada na harmonia de uma civilização autêntica?
Fonte: 'O Egito dos Grandes Faraós' de Christian Jacq
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