segunda-feira, 23 de março de 2009

As Coroas do Egito

As coroas egípcias eram símbolos do poder dos faraós, encontrando-se igualmente associadas aos deuses da mitologia egípcia, manifestando-se de diferentes formas. A palavra egípcia para designar coroa era khau.




  • Coroa branca ou hedjet
A coroa branca ou hedjet apresentava a forma de um longo cone, que terminava numa ponta arrendondada (uma espécide de bolbo). Antes de unificação do Egito, esta coroa era usada pelos reis do Alto Egito que se estendia para sul de Mênfis até Tebas. Era um dos emblemas da deusa abutre Nekhbet, a deusa tutelar do Alto Egito.

  • Coroa vermelha ou decheret
A coroa vermelha era chamada em egípcio decheret ou net, estando associada à coroa do rei do Baixo Egito (o norte do país, região que correspondia ao Delta do Nilo). Era a coroa de Uadjit, deusa tutelar do Baixo Egito. As deusas Amonet e Neit poderiam também usar esta coroa.

  • Coroa dupla
A coroa dupla resultava da combinação das duas coroas anteriores. Significava o domínio sobre as Duas Terras, ou seja, sobre o Alto Egito e o Baixo Egito. A coroa vermelha poderia sobrepor-se à branca ou vice-versa, conforme a região do Egito que se queria enfatizar.

Atef
Assemelhava-se à coroa branca, possuindo um disco solar e duas plumas de avestruz colocadas uma em cada lado. Esta coroa era usada pelos deuses Osíris, Sokar, Tot, entre outros. O deus Geb usava uma coroa atef sobre um coroa vermelha.

Kheprech
Esta coroa pode ser descrita como uma espécie de "capacete" azul, decorada com pequenos círculos dourados. É por vezes descrita como uma "coroa de guerra", mas esta designação é enganosa pois ela não era usada pelo faraó em batalhas, mas em cerimônias militares. Pensa-se que estava relacionada com a energia que seria necessária ao faraó para governar o país e que se acreditava pode ser conseguida se ele a usasse. Surge em inúmeras representações reais da época do Império Novo.

Hemhemet ou atefu
Era constituída por três coroas atef justapostas. Cada uma destas coroas tinha um disco solar, duas penas de avestruz laterais e dois uraeus.
(Fonte: Wikipédia)

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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