Como é bela a tua aparição no horizonte do céu,ó Aton vivo, que deste início à vida (...)Mas assim que te pões no horizonte ocidental,a Terra mergulha na escuridão em estado de morte.Todos deitados nos quartos, com a cabeça coberta,ninguém vê ninguém;Se lhes roubam todos os bens que possuem sob os olhos,nem percebem!Todos os leões saem de seus covise todas as serpentes picam.As trevas se espalham e a terra fica em silêncio,quando seu criador se põe no horizonte.Ao amanhecer, assim que nasces no horizonte,brilhas como astro do dia,expulsas as trevas para lançar teus raios.As Duas Terras ficam em festa.Todos acordam, põem-se de pé,pois tu os ergueste.Os corpos estão limpos; os trajes, repassados;e os braços, em gesto de adoração ao apareceres.A Terra inteira trabalha,e todos os animais estão satisfeitos com seu pasto.
sábado, 28 de março de 2009
Hino
O Grande Hino a Aton, provavelmente composto pelo próprio faraó, fornece uma imagem tão concreta quanto poética dessa religião (apenas uma parte do hino):
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Egito
Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.
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