- A verdade sobre os haréns egípcios
A egiptologia teve a infeliz idéias de escolher a palavra "harém" para designar uma importante instituição do Estado faraônico, ritual, educativa e ao mesmo tempo econômica, que nada tem a ver com as prisões de mulheres do mundo muçulmano.
A confusão vem do significado do termo egípcio Kheneret – "lugar fechado", que certos eruditos logo traduziram para "harém", porque ali se encontravam comunidades femininas, que não eram formadas por reclusas, lá celebravam rituais em honra de divindades protetoras do harém: Amon, Min, Hathor Ísis, Bastet. Kheneret significa igualmente – "tocar música, manter o ritmo" , o ensino da música era uma das funções dos haréns egípcios.
Discípulas da desusa Hathor, as sacerdotisas que lá viviam asseguravam ritualmente a sobrevivência da alma e a irrigação da Terra pela energia celeste. Uma "venerável (Shepset)" está à frente do harém, e a superiora de todos os haréns é a própria rainha. Na sua qualidade de "esposa do deus" e de soberana de todas as sacerdotisas do reino, ela dirigia essas instituições na sua totalidade. Em cada harém, uma encarregada representava a rainha. Personagens de grande estatura como Hapuseneb, o sumo sacerdote de Amon ou os vizires Requermirê ensaiaram lá os seus primeiros ensinamentos. No Novo Império, a direção dos haréns foram confiados a mulheres, na grande maioria para esposas de sumos sacerdotes de Amon.
As atividades artesanais do harém:
- tecelagem – fornecer vestes ao templo
- objetos de toalete – pequenos cofres e potes para pós
No harém eram admitidos:
- altos funcionários
- administradores
- artesãos
- servos
- alaúde
- harpa
- flauta
- lira, etc...
- além de cantar e dançar
– Concluio do Harém
Um dos mais sombrios episódio da história egípcia. Visava assassinar o faraó Ramsés III (1184-1153 a.C). O harém régio tinha acolhido inúmeras princesas estrangeiras, e várias delas maquinaram intrigas, muitas foram inofensivas. Mas uma delas assumiu proporção tal que foi registrada nos arquivos reais com pormenores, e graças ao Papiro Jurídico de Turim chegou até nós, a instigadora era uma concubina real, Tiy, que desejava fazer subir ao trono seu filho, o príncipe Pentaur. A manobra fracassou, mas consideraram que atentar contra a vida do faraó, e a prática da magia negra, eram crimes de altíssima gravidade. Pentaur pôs fim a sua própria vida, quanto a sua mãe Tiy, a mentora, desconhecemos o fim.
( Origem: 'As Egípcias' de Christian Jacq )
Harém no Egito Antigo – tinha um significado diferente do que se tem hoje, era um centro econômico e de treinamanto. (Wikipédia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário