domingo, 17 de maio de 2009

As Damas do Harém

  • A verdade sobre os haréns egípcios
Harém ... palavra portadora de fantasmas, povoada de sultões libidinosos, de jovens lascivas educadas para satisfazerem os desejos do macho.

A egiptologia teve a infeliz idéias de escolher a palavra "harém" para designar uma importante instituição do Estado faraônico, ritual, educativa e ao mesmo tempo econômica, que nada tem a ver com as prisões de mulheres do mundo muçulmano.


A confusão vem do significado do termo egípcio Kheneret – "lugar fechado", que certos eruditos logo traduziram para "harém", porque ali se encontravam comunidades femininas, que não eram formadas por reclusas, lá celebravam rituais em honra de divindades protetoras do harém: Amon, Min, Hathor Ísis, Bastet. Kheneret significa igualmente – "tocar música, manter o ritmo" , o ensino da música era uma das funções dos haréns egípcios.


Discípulas da desusa Hathor, as sacerdotisas que lá viviam asseguravam ritualmente a sobrevivência da alma e a irrigação da Terra pela energia celeste. Uma "venerável (Shepset)" está à frente do harém, e a superiora de todos os haréns é a própria rainha. Na sua qualidade de "esposa do deus" e de soberana de todas as sacerdotisas do reino, ela dirigia essas instituições na sua totalidade. Em cada harém, uma encarregada representava a rainha. Personagens de grande estatura como Hapuseneb, o sumo sacerdote de Amon ou os vizires Requermirê ensaiaram lá os seus primeiros ensinamentos. No Novo Império, a direção dos haréns foram confiados a mulheres, na grande maioria para esposas de sumos sacerdotes de Amon.


As atividades artesanais do harém:
  • tecelagem – fornecer vestes ao templo
  • objetos de toalete – pequenos cofres e potes para pós

No harém eram admitidos:
  • altos funcionários
  • administradores
  • artesãos
  • servos
Toda uma população de homens e mulheres.. As rainhas e as esposas "secundárias" mandavam seus filhos para serem criados no harém. Era um lugar tranquilo que altas personalidades iam pra lá para terminar os seus últimos dias. As esposas estrangeiras dos faraós – eram hospedes privilegiadas dos haréns. As damas do harém aprendiam a tocar:
  1. alaúde
  2. harpa
  3. flauta
  4. lira, etc...
  5. além de cantar e dançar

Concluio do Harém
Um dos mais sombrios episódio da história egípcia. Visava assassinar o faraó Ramsés III (1184-1153 a.C). O harém régio tinha acolhido inúmeras princesas estrangeiras, e várias delas maquinaram intrigas, muitas foram inofensivas. Mas uma delas assumiu proporção tal que foi registrada nos arquivos reais com pormenores, e graças ao Papiro Jurídico de Turim chegou até nós, a instigadora era uma concubina real, Tiy, que desejava fazer subir ao trono seu filho, o príncipe Pentaur. A manobra fracassou, mas consideraram que atentar contra a vida do faraó, e a prática da magia negra, eram crimes de altíssima gravidade. Pentaur pôs fim a sua própria vida, quanto a sua mãe Tiy, a mentora, desconhecemos o fim.
( Origem: 'As Egípcias' de Christian Jacq )




Harém no Egito Antigo – tinha um significado diferente do que se tem hoje, era um centro econômico e de treinamanto. (Wikipédia)


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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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