Quando Carter abriu o túmulo de Tutancâmon, não podia imaginar os objetos que ia encontrar. O faraó, que morreu em 1337 a.C, com 18 anos, e que reinara por apenas nove anos, cercou-se de um extraordinário enxoval. A riqueza e a beleza daquilo que o arqueólogo viu após mais de 3000 anos não tinha igual.
A teimosia de Carter foi recompensada. A 26 de novembro de 1922, descobriu uma porta selada com o nome do faraó Tutancâmon e, por trás dela, um corredor. Sem se deixar vencer pelo fato de o túmulo aparentar ter sido forçado na Antiguidade, tirou os escombros do corredor até encontrar outra parede. Carter abriu um buraco e meteu uma vela para ver o que havia lá dentro. Os reflexos dourados o cegavam; por toda parte viam-se estátuas e móveis revestidos de ouro. Na antecâmara, os objetos amontoavam-se. Em uma das paredes, duas estátuas de guardiões ladeavam uma entrada que fora fechada. Carter abruiu-a e chegou a camâra sepulcral. O que ali existia deixou-o maravilhado. Uma porta dava para a camâra do tesouro, cheia de objetos do túmulo de Tutancâmon.
Os objetos que constituíam parte do enxoval do faraó eram muito variados. Para a vida no Além, o faraó tinha:
- móveis
- camas
- cadeiras
- leques
- cofres
- e apoios de cabeça
Para se alimentar possuia:
- arcas com comidas
- recipientes com bebidas
- uchebtis – criados que faziam o trabalho
Vista da antecâmara – estavam amontoados e desordenados. Destacavam-se 3 leitos funerários, várias arcas de madeira e 2 estátuas de guardiões, encostadas à parede do fundo, junto a uma entrada que havia sido fechada. Levou-se 7 semanas para classificar e retirar todos os objetos.
A câmara sepulcral – a simplicidade do túmulo contrasta com a riqueza dos objetos do sepulcro. A única sala decorada é a câmara sepulcral, que tem as quatro paredes pintadas sobre gesso branco. O estado de conservação das pinturas é péssimo, pois a infiltração de água produziu fungos, danificando-as. As cenas representadas evocam o transporte do sarcófago no cortejo fúnebre, a recepção que os deuses dispensaram ao faraó e a viagem pelo mundo subterrâneo.
O trono – encontraram-se 6 tronos, dos quais o mais famoso é o "trono de ouro". As quatro cobras com um disco alado fazem parte da decoração.
O leque – dourado, incrustado com pedras preciosas.
A máscara – é uma peça de ouro com incrustações de lápis-lazúli colocada diretamente sobre a múmia, cobrindo a cabeça e parte dos ombros. Tem o enfeite de cabeça nemes, outro enfeite listrado e a barba postiça trançada. O enfeite de cabeça com as deusas Nekhebet e Uadjit, a primeira representada como abutre e a segunda como cobra, protegia o faraó.
O túmulo – escavado na rocha do Vale dos Reis, o túmulo em que foi enterrado Tuntancâmon foi enterrado não foi construído para uso real. A sua estrutura arquitetônica sugere que foi projetado como túmulo particular e adaptado para ali se enterrar o faraó.
Origem: Egitomania - fascículos 2001
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