quinta-feira, 7 de maio de 2009

O conhecimento

Veneremos e aclamemos o deus do conhecimento (Thot),
fiel da justiça no coração da balança.
Ele afasta o mal e acolhe o homem que se afastou
das ações desarmoniosas.
Ele é o juiz que pesa as palavras,
Que acalma as tempestades,
Que dá a paz,
O escriba em função que preserva o envoltório do segredo,
Pune o criminoso,
Acolhe obediente,
Ele é aquele que tem o braço eficaz,
O sábio no coração da Enéada,
Aquele que faz lembrar o que se havia esquecido,
Aquele que aconselha o desgarrado,
Aquele que preserva o instante,
Que descreve as horas da noite,
Aquele cujas palavras duram eternamente.

Estátua de Horemheb (Museu Metropolitano de Nova York)

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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