sábado, 2 de maio de 2009

Texto a Hathor

Eu sou aquela que possui o remo na barca do comando,
A soberana da vida,
Guia de lua sobre as belas estradas,
Eu sou aquela que fixa as cordas diante dos lemes, nas rotas do Ocidente,
Eu sou a Terceira,
A rainha do brilho,
Aquela que guia o grande que se exauriu nas rotas dos despertos.
Eu sou aquela que possui o esplendor nas rotas do céu nebuloso.
Eu sou a que possui os ventos na ilha da alegria,
Eu sou a que possui os remos,
Que guia aqueles que estão em suas cavernas,
Eu sou Hathor
Soberana do céu do norte,
Que fixa os fios dos despertos,
Sou um lugar de quietude para aquele que pratica a probidade.
Um barco para os eleitos,
Aquela que cria a barca para atravessar o justo.

Textos do Sarcófagos IV, e Livro para sair à luz, capítulo 186

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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