terça-feira, 12 de maio de 2009

Escaravelho

O escaravelho-sagrado (Scarabaeus sacer) é um besouro da subfamília dos escarabeíneos, proveniente da região do Mediterrâneo. Tais besouros depositam seus ovos em bolas de esterco. Na mitologia egípcia, o escaravelho sagrado estava relacionado com deus Khefri, responsável pelo movimento do sol, arrastando-o pelo horizonte; no crepúsculo, o sol (ou o deus Rá) morria, e ia para o outro mundo (representado pelo oeste); depois, o escaravelho renovava o sol no amanhecer. Khefri muitas vezes é representado como um escaravelho, ou como um homem com cabeça de escaravelho. Usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição. Eram muito usados nas mumificações para proteger o morto no caminho para o Além. 


De acordo com a cosmogonia de Heliópolis, o deus-Sol era retratado sob várias formas:  
  • um homem barbado usando a coroa dupla do faraó (Atum) 
  • um falcão (Rá)
  • a de um escaravelho ou 
  • a de um homem com um escaravelho no lugar da cabeça, nesse caso o bichinho simbolizava o deus Khefri 
Sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressureição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria achadas nos túmulos egípcios. 

Esse inseto tem por hábito alimentar-se de um grãozinho de esterco, que ele fica revolvendo entre as pernas até escavar no chão um buraco para devorá-loOs egípcios, confundindo esse grão usado para a alimetação com o grão de esterco, na qual a fêmea punha o seu ovo e que ficava enterrado no solo, viam no escaravelho um símbolo do deus-Sol, que todos os dias, de leste a oeste, rolava a sua esfera pelos céus. Da bolinha de esterco saía um inseto vivo, aparentemente autoconcebido; do mesmo modo, a vida também fora criada pelo Sol, sendo que o deus-Sol, criador de todas as coisas, era como o escaravelho, autoconcebido. O velho escaravelho morre, mas do ovo que fecundou sai outro escaravelho, como a alma se escapa da múmia e sobe para o céu. Assim, o inseto era para os egípcios, o símbolo da vida que se renova eternamente a partir de si mesma.

Aquele que em vida trouxesse consigo uma imagem do escaravelho garantia, de certa forma, a persistência no ser e aquele que levasse essa imagem para a tumba tinha certeza de renascer para a vida. O escaravelho era assim, o amuleto preferido de vivos e mortos. Os guerreiros, por exemplo: 
  • traziam um brilhante escaravelho gravado no selo de seus anéis 




Segundo o historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.), os egípcios acreditavam que essa espécie não possui fêmeas, todos são machos e, assim, o escaravelho designava o homem macho ou valoroso. No Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) os peitorais e colares ornados com escaravelhos eram o orgulho das damas nobres. Alguns eram admiráveis.






Fonte: www.fascinioegito.sh06.com e Wikipédia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

Comentários