sábado, 23 de maio de 2009

O fascinante mundo do Antigo Egito

"Soldados! do alto destas pirâmides quarenta séculos vos contemplam"
(Napoleão Bonaparte)

Napoleão errou por pouco, as pirâmides de Gizé tem mais de 4500 anos. O fascínio que o Antigo Egito exerce sobre nós continua irresistível, atraindo nosso interesse até os dias atuais.

Os romances com temas egípcios tornaram-se verdadeiros best-sellers, as jóias egípcias são copiadas pelos desenhistas da atualidade. A forma piramidal inspira obras arquitetônicas mais modernas. As notícias de achados arqueológicos egípcios ocupam as primeiras páginas dos jornais. O cinema resgata temas e personagens do Antigo Egito. Os museus egípcios estão cheios de visitantes. Se isso acontece quando existem apenas vestígios daquela maravilhosa civilização, o que aconteceria sem tantos séculos de destruição e saque? O que ocorrerá no futuro, quando forem descobertos mais vestígios em localidades do mundo antigo ainda cobertas pelas areias do deserto?

Nenhuma civilização durou tanto, como a civilização dos faraós – e milhares de anos depois, ainda nos fascina tanto, essa maravilhosa civilização que prolongou-se por três milênios.



Na religião nos surpreende e até nos desorienta com a sua profusão de deuses e mitos. Os egípcios já tinham uma idéia da criação do mundo. Tentaram realizar uma revolução para implantar o monoteísmo. Possuíam uma moral, com conceitos éticos como "justiça", "verdade" e "bondade". Talvez não aplicassem a pena de morte e não podiam submeter outros egípcios à escravidão. A religião dominava a vida cotidiana e orientava-a para a vida além túmulo. (ao lado deus Amon em ouro)




Os egípcios foram um dos sete ou oito povos que inventaram a escrita ao longo da História da Humanidade, e talvez tenham sido os primeiros. Além disso, não tinham só um sistema de escrita, mas três. Porém, não se contentaram com isso: não só criaram grandes obras de História, de Direito e de Teologia, como também produziram vasta literatura:
  • romances e poesias
  • relatos épicos e contos
  • biografias e auto-biografias
  • textos eróticos e textos humorísticos

No que diz respeito à arte, os egípcios fizeram de tudo, e destacaram-se em tudo, desde gigantescas obras de arquitetura – tantos túmulos como templos – até pequenas cenas da vida cotidiana talhadas em madeira; desde colossais estátuas e obeliscos até relevos policromados e diminutas estatuetas vitrificadas; de afrescos magníficos nas paredes dos túmulos a minúsculos fragmentos de cerâmica decorados com graciosas bailarinas. Isso sem falar das magníficas jóias, obras primas da ourivesaria de todos os tempos.


A ciência e a técnica egípcia estiveram sempre ligadas aos problemas da vida cotidiana. A necessidade de medir os campos levou os egípcios a desenvolver a Geometria e a conhecer o Teorema de Pitágoras muitos séculos antes do próprio Pitágoras! A construção das pirâmides exigia que tivessem noções avançadas de Matemática e Astronomia – nas pirâmides foram usados muitos dados sobre meridianos e paralelos, sobre o Pólo Norte e as estrelas. A preparação das múmias deu-lhes um conhecimento extraordinário de Anatomia e Fisiologia. O Nilo permitiu-lhes desenvolver a navegação assim como a construção de canais de rega e de transporte. A construção de grandes monumentos obrigou-os a desenvolver a Engenharia.


O Antigo Egito sempre exerceu uma atração irresistível, do arqueólogo mais rigoroso ao simples turista, todos sentimos um imenso desejo de visitar seus templos e pirâmides, túmulos e obeliscos, museus e exposições. O Egito deixou a sua marca na nossa cultura mais recente em muitos filmes, peças de teatro, óperas, romances, livros de viagem, bem como na pintura e na arquitetura moderna e no desenho de jóias.

Origem: Egitomania fascículos 2001

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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