A leitura dos hieróglifos egípcios, para surpresa do mundo ocidental, demonstrou que, para a sua época, o Egito tinha amplos conhecimentos médicos. Contudo, a cirurgia não chegou a passar do nível elementar. Por um lado, devido aos escassos conhecimentos anatômicos e fisiológicos e, por outro, à simplicidade do instrumental que tinham ao seu alcance.
Os instrumentos do cirurgião – do templo de Kom Ombo, situado no Alto Egito, perto da atual Assuã, chegou-nos um documento muito valioso acerca da cirurgia do Antigo Egito. No baixo relevo (figura ao lado), que pertence aos últimos anos da cultura egípcia, podem ser vistos alguns dos instrumentos mais usados dos cirurgiões egípcios:
- duplo gancho ou "ferro de ofício"
- fórceps dental e fórceps para osso
- serra para osso
- sonda (instrumento que se introduz em uma cavidade para explorá-la)
- sonda em forquilha
- cateter (utilizado para extrair líquidos)
- pipetas para aspirar líquidos
- frascos para clister (introdução de líquidos pelo ânus)
- pinças
- pipetas para aplicar unguentos
- copo para ventosas cutâneas
- tesouras
- ataduras
- esponjas
- sonda dupla
- escalpelos (bisturis ou facas)
- balança
- vasos ou almofarizes para triturar substâncias medicinais
- paleta
- lanceta
- faca
- craneoclasto (instrumento para esmagar o crânio do feto dentro do útero)
- cauterizador
- cateteres uretrais para homens adultos
- espéculos trivalves (utilizados para dilatar cavidades)
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