– A luta
A região do Delta do Egito tinha sido dominada desde 1640 a.C. pelos Hicsos, um povo de origem asiática, que chegaria a fundar uma dinastia. No sul do Egito, em Tebas, uma dinastia nacional governaria a par da dinastia estrangeira. Os últimos soberanos desta dinastia (a XVII) decidiram combater os Hicsos com o objectivo de expulsá-los do território nacional. Ahmés continuou o trabalho que tinha sido começado pelo seu pai e irmão na expulsão daquele povo. No ano 6 do seu reinado Ahmés tomou a cidade de Aváris, capital dos Hicsos. O seu exército não se contentou com este ato, tendo optado por penetrar na Palestina, onde durante três anos cercou a cidade de Charuhen, que acabaria por ser tomada pelos egípcios. Depois de afastados os Hicsos, Ahmés teve que lidar com problemas ao sul, na região da Núbia. Três campanhas militares levaram à submissão do reino de Kush, que tinha apoiado os Hicsos.
- Ahmés foi casado com a sua irmã ou meia-irmã, a rainha Ahmés-Nefertari , umas das figuras femininas mais importantes da XVIII dinastia.
– Construtor
A atividade construtora do monarca centrou-se na região do Alto Egito, em particular em Tebas. Em Abido ordenou a construção de um cenotáfio (é um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido) dedicado à sua avó. A atividade mineira no Sinai foi restabelecida (minas de turquesa), assim como os contatos comerciais com Biblos.
– Sua história
Desconhecem-se muitos pormenores do seu reinado devido à falta de documentos. Uma das fontes que melhor permite conhecer a atuação militar do rei é a biografia de 'Ahmés filho de Abana', um dos oficiais do seu exército. Até hoje não foi identificado o seu túmulo, embora se saiba que a sua múmia foi colocada no chamado "esconderijo" de Deir el-Bahari, com o objetivo de evitar os assaltos dos saqueadores.
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