Devido à escassez de documentos, a figura de Nefertiti está envolta em mistério. Não se sabem quem foram os seus progenitores, embora pudesse ser filha da que se conhece como sua ama de leite, Tyy, e do funcionário Ay. Casada com Akhenaton, logo se tornou evidente que a rainha não se limitaria a desempenhar o papel de esposa real. Akhenaton conferiu-lhe poder, e a influência dela chegou a ser tão grande que chegou a ser representada com a coroa dupla, símbolo do poder do faraó. Tal como o seu nascimento, a sua morte é motivo de controvérsia. Por volta do ano 1352, duodécimo do reinado de Akhenaton, o nome de Nefertiti desaparece da cena política. A causa desse desaparecimento foi a sua morte ou teria o seu lugar sido ocupado por outra das esposas de Akhenaton?
A Família real na intimidade


A Necrópole da cidade de Aketaton
Em 1360, quarto ano do reinado de Akhenaton, o faraó mandou construir uma nova capital em um local ainda não habitado. A cidade hoje conhecida como Tell el-Amarna, chamou-se Akhetaton, que significa "o horizonte de Aton". O túmulo de Nefertiti ainda não foi encontrado.
A vida no palácio
O palácio de Nefertiti e Akhenaton situava-se no centro de Akhetaton, numa das principais ruas da cidade. As paredes eram de pedra, decoradas com pinturas murais de temas geométricos e figurativos. Não faltavam cenas da vida cotidiana.
A beleza da rainha
Várias esculturas mostram os padrões de beleza na época de Nefertiti:
- crânio alongado,
- feições estilizadas e
- olhos rasgados.
A moda nos tempos de Nefertiti
A rainha sendo uma mulher atualizada, aparece representada em pinturas e esculturas conforme a moda da época. Os vestidos, por influência do Oriente Próximo, eram plissados e transparentes. Feitos de linho, insinuavam as linhas do corpo feminino, embora as mulheres usassem outra peça de roupa por cima. Esta também plissada, era atada com um nó debaixo do busto, formando um drapeado em forma de leque. O toque final era uma peruca curta, como a que Nerfertiti costumava usar.
Nefertiti no poder
Nas estelas fronteiriças qualifica-se a rainha como "dama das graças" e "dotada de todas as virtudes". A beleza de Nefertiti deve ter causado sensação na corte. Os artistas fizeram vários modelos dela.
Um toque de vaidade
Nefertiti tal como muitas mulheres egípcias, maquilava-se com pigmentos naturais que, além de salientarem a beleza do rosto, tinham um valor profilático, pois eram uma proteção contra picadas dos insetos. Em caixas de madeira, guardavam-se frascos de alabastro contendo khol para delinear os olhos, com auxílio de um pauzinho, e também frascos de vidro com perfumes.

Quando os arqueólogos escavaram Tell el-Amarna, a antiga Akhetaton, encontraram muitas casas particulares. Numa delas, conhecida como oficina de Tutmés, foram encontradas muitas esculturas, entre as quais se destaca o busto de Nefertiti. A rainha está representada com alto adorno de cabeça azul que só ela podia ostentar, e os seus traços faciais são os que caracterizam a arte armaniana. O busto, que deve ter sido de modelo para outras esculturas, é a representação mais conhecida de Nefertiti e a que conferiu à rainha a fama de mulher bonita. Trata-se de uma obra inacabada – falta-lhe um olho – o que talvez se deva ao abandono precipitado da cidade quando o faraó morreu.
Fonte: Egitomania - fascículos 2001 e fotos: Wikipédia e http://wysinger.homestead.com
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