sexta-feira, 17 de abril de 2009

Os mistérios das pirâmides


As grandes pirâmides de Gizé, alheias à passagem do tempo, despertaram sempre a imaginação de quem as contemplou e até suscitaram as mais intrigantes perguntas e as mais extraordinárias respostas, algumas com base científica, outras não.




A função para a qual as pirâmides foram construídas é conhecida desde a Antiguidade. Vários autores gregos, como Heródoto, Maneton e Diodoro da Sicília, explicaram nos seus relatos que os faraós mandavam erguer esses montes de pedra para que lhes servissem de túmulo. Contudo, os textos históricos nunca satisfizeram completamente a curiosidade que essas construções tão imponentes despertam. Já durante a Idade Média, antes de arqueólogos e aventureiros europeus chegarem ao Egito, vários califas mandaram abrir esses túmulos para saberem que segredos escondiam no interior. Os problemas técnicos que a sua construção implicava e a forma tão característica que apresentam suscitaram ousadas teorias, com as quais se pretendeu explicar as incógnitas que cercam esses monumentos.

– Alguns autores relacionam a construção das pirâmides com elementos estranhos à cultura faraônica: 
  • que consideram desprovida do desenvolvimento tecnológico necessário à construção de edifícios tão perfeitos; 
  • outros atribuem essa perfeição à presença de extraterrestres no nosso planeta;
  • outros ainda, associam-na à existência de uma civilização muito avançada em um período anterior à Idade Antiga; 
  • finalmente, a forma geométrica das pirâmides, com a sua ampla base quadrada e o vértice apontado para o céu, levou a pensar que podiam ter sido construídas para concentrar a energia renovadora presente no Universo.

A forma das pirâmides
A silhueta perfeita das pirâmides faz lembrar o perfil  de alguns montes sagrados famosos, como o Olímpo, dos gregos. Muitas culturas da Antiguidade situavam a fonte da vida nesses locais e consideravam que o seu destino se regia a partir delas. Para alguns pesquisadores, esta forma majestosa que se eleva até o Sol seria a materialização de partes do Universo e, graças a ela, o céu a terra e o inferno se ligavam. Uma interpretação que prescinde dos conhecimentos arqueológicos atribui a estas construções a função de templos solares, onde se receberia, armazenaria e produziria energia. Os seus lados inclinados permitiriam a subida dessas forças, só visíveis em determinados momentos de conjunção planetária.

O interior das pirâmides
A estrutura interior apresentava algumas variações, porém muitas delas possuíam 3 câmaras, cujo acesso se fazia por meio de estreitos corredores. Alguns estudiosos dos fenômenos esotéricos identificaram essas 3 câmaras com os 3 pontos do homem: 
  • o coração
  • o cérebro
  • os órgãos reprodutores
Por outro lado, algumas pessoas vêem as pirâmides como templos em cujas câmaras os recem iniciados de certas doutrinas ocultistas aprendiam a separar o espírito e o corpo, assistidos por um dos homens santos do grupo.

Os corredores da pirâmide de Khufu
A exploração do interior das pirâmides não foi fácil. Por vezes, o teto era tão baixo que era preciso andar de cócoras. Outras vezes, a inclinação e os degraus muito altos faziam do acesso uma escalada, obrigando o visitante a segurar-se com as mãos para não cair ou recuar.

O piramidion
Este pequeno corpo piramidal podia estar situado no vértice das pirâmides construídas durante o Antigo Império ou então sobre a entrada dos hipogeus, ou túmulos escavados na terra. Foi considerado ponto de concentração de energia positiva e local de união entre a Terra e o Céu.

Planalto de Gizé
É um planalto próximo da atual cidade do Cairo, onde três faraós da IV dinastia – Khufu, Khafré e Menkauré – mandaram erigir os seus complexos funerários. Quando as expedições européias chegaram à região, a areia do deserto ainda escondia a maior parte das construções.



Interior de uma Pirâmide


e mais:
– O revestimento das pirâmides foi arrancado e utilizado na construção de edifícios das proximidades.
– Com o tempo a pirâmide de Khufu, a mais alta de Gizé, perdeu o seu cume.
– O rosto da esfinge já muito deteriorado no século XIX, é um retrato do faraó Khafré.
(Fonte: Egitomania – fascículos)

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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