Na história do Egito, chamado o Duplo País, houve épocas em que o Alto e o Baixo Egito estiveram separados. O primeiro faraó a uni-los foi Narmer, e com ele surgiu a primeira iconografia do faraó como senhor de todo o Egito. (ao lado a paleta de Narmer)
Antes do aparecimento do Estado faraônico, o Egito estava dividido em inúmeras províncias, ou monos, que acabaram por se reunir, formando dois reinos:
- Alto Egito – ao sul, tinha como capital a cidade de Nekhen, e era representado por uma alta coroa branca (o deserto), chefiado pelo deus Hórus;
- Baixo Egito – ao norte, tinha a capital em Buto e adorava a deusa-cobra Uadjit, coroa vermelha (terra fértil), característica de uma deusa do Delta, Neit.
- Para comemorar a vitória do reino do Sul sobre o reino do Norte, Narmer mandou fazer uma paleta. Nela representaram-se todos os motivos alusivos a esse fato. Entre eles, um falcão, agarrando uma cabeça inimiga. Ela aparece como mais um dos talos do hieróglifo da terra, que tem seis talos de papiro. O falcão, símbolo do Alto Egito, derrota o Baixo Egito, a terra dos seis papiros. O inimigo é representado pela cabeça, símbolo de todas as pessoas.
- a serpente, e
- o abutre,
As Coroas: um dos símbolos do poder do faraó eram as coroas, as quais podiam ter muitas formas. Todas as referências a respeito delas só chegaram até nós por meio das representações existentes, pois nenhuma se conservou. A coroa branca (hedjet) do Alto Egito – possivelmente feita de juncos entrelaçados, pele ou tecido, era uma tiara que ia se estreitando atee a ponta e era ostentada pelo deus Osíris. A coroa vermelha (decheret) do Baixo Egito – era usada pela deusa Neit e se constituía de um apêndice vertical, na parte posterior, de cuja base saía uma tira, talvez uma vareta de metal, que terminava em espiral. O pschent, ou coroa unificada – sobrepõe as duas. Veja mais: As Coroas do Egito
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