Do Médio Império em diante, a engenhosidade linguística também aparece na maneira pela qual os egípcios tiravam proveito da escrita para inventar mensagens cifradas. Os egípcios viam as palavras como algo vivo e mágico, sentindo grande deleite em manipulá-las, detectar analogias acidentais ou bizarras, flagrar antíteses ou convergências e inventar enigmas. Com seu elemento de anagrama, sua linguagem se prestava gloriosamente a essas atividades. Uma das razões pelas quais não se fazia nenhuma tentativa para simplificar a linguagem era justamente para mantê-la hierática (relativo ao que é sagrado). A elucidação dos textos fazia parte do ritual do sacerdócio. Revelá-los significa enfraquecer seus encantos. (História ilustrada do Egito Antigo)
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Palavras cruzadas
As primeiras palavras cruzadas da história se encontram na estela da tumba de um sumo sacerdote de Amon, da época do reinado de Ramsés II; o texto principal é horizontal, mas a linha vertical também pode ser lida como parte do texto horizontal. Uma outra estela, mais tardia, atualmente no Museu Britânico, oferece um exemplo mais complicado.
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Egito
Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.
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