– Mas quase sempre tem natureza mágica:
- tatuam uma abelha no braço ou na coxa contra reumatismo
- três pontos ou pássaros nas têmporas para prevenir inflamações oculares
O receio do mau olhado é muito comum em todos os meios. Para proteger-se dele, evitam dizer, que uma criança é bonita, ou então presenteiam o recém-nascido com uma jóia em forma de mão. Põem um olho azul , ou olho de Hórus, na entrada da casa para neutralizar os invejosos. No campo, as moças ainda praticam a velha receita contraceptiva que consiste em engolir caroços de tâmara, cada caroço supostamente garante um ano sem engravidar. Também fuciona com sementes de rícino. Mas a grande inimiga é a esterilidade. Enterrar a placenta de um recém-nascido na entrada da casa assegura o nascimento de outro filho. Na luta contra a esterilidade, atribuem uma virtude peculiar às antiguidades faraônicas. Dar sete voltas em torno da grande pirâmide de Gisé é um clássico no gênero.
A superstição mistura-se às tradições bem consolidadas, está presente numa cerimônia tão difundida como o subu (a semana), que marca o sétimo dia após o nascimento de um bebê. Ainda praticado por certas famílias, um desses ritos consiste em escrever sete nomes diferentes em sete folhas de papel, colocadas sob sete velas acesas. A última chama a extinguir-se indica o nome a ser dado à criança.
(do livro: 'Egito um olhar amoroso' de Robert Solé)
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