sábado, 25 de abril de 2009

O Museu Egípcio do Cairo

A maior coleção de peças do Egito faraônico encontra-se exposta no Museu Egípcio do Cairo. Visitar as suas salas provoca uma sensação de nostalgia não só dos tempos faraônicos, mas também da época em que viajantes românticos começavam a ver o resultado das primeiras escavações.


A praça de el Tahrir, centro nevrálgico da vida do Cairo atual, é limitada ao norte por um palácio do final do século XIX que, desde 1902, aloja o Museu Egípcio. Esta instituição é o auge dos esforços de Auguste Mariette (1821-1881) para criar um museu que complementasse a função desempenhada pelo Serviço de Antiguidades, fundado sob os auspícios de Said Baja, vice-rei do Egito. Esta tentativa de preservar as antiguidades iniciara-se em 1858, quando se criou um museu no bairro de Bulak. Em 1891, foi transferido dali para Gisé, até que, no princípio do século XX, ficou definitivamente instalado na praça de el-Tahrir. Até a Revolução Egípcia de 1952, a direção do museu esteve a cargo de europeus, destacando-se a gestão de Gaston Gaspero. As peças do museu não se limitam às 6000 expostas, pois grande quantidade encontra-se alojada em salas para estudo. A ação centralizadora da direção do museu, atualmente a cargo de especialistas egípcios, teve como resultado um contínuo aumento do acervo.

A exposição de peças no Museu Egípcio está classificada por seções e segue, como uma espinha dorsal, uma ordem cronológica. No piso inferior, exibem-se os objetos mais significativos do início da época faraônica até o final da época romana. O primeiro piso tem, como seções principais, a sala dedicada ao Tesouro de Tutancâmon e a coleção de múmias de faraós. Ao lado dessa seção, no mesmo piso, são expostos sarcófagos de reis e sacerdotes, diversos objetos de uso doméstico e uma coleção de elementos relativos a ciências naturais.

Museu Egípcio do Cairo

O Edifício onde foi instalado o Museu foi projetado pelo arquiteto francês Marcel Dourgnon e inaugurado em 1902. O jardim que rodeia a construção tem muitas estátuas e fragmentos arquitetônicos de diferentes regiões do Egito. Em homenagem ao seu precursor, o túmulo de Mariette está no jardim e sobre ele ergue-se a sua estátua em bronze.

fonte: Egitomania-fascículos 2001

Um comentário:

Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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