terça-feira, 28 de abril de 2009

O Templo de Dendera

O templo de Dendera é o mais preservado entre muitos templos egípcios. Foi construído no século I a.C pelo rei Ptolomeu VIII e a rainha Cleópatra II, porém outros monarcas da Época Greco-romana acrescentaram elementos arquitetônico e decorativos. O templo foi dedicado a Hathor, deusa do amor, música, maternidade e alegria. Conforme uns documentos , o primeiro templo de Hathor data do tempo do Antigo Reino sobretudo do reinado do rei Queops. Além disso, e conforme outros textos, havia outro templo construído no reinado de Pepi I da dinastia VI. O templo atual foi construído entre 125 e a.C e 60 d.C, no final da dinastia Ptolomaica, porém encontramos outros nomes como o de – Ptolomeu X, Ptolomeu VI, Cleópatra VII, Augustos, Tiperius, Cáligula e Nero.

O templo de Hathor 
  • 86 m de comprimento e 43 m de largura, 
  • está rodeado de uma muralha circundante de barro que tem 290 m de comprimento e 280 m de largura, 
  • o portal do templo situado no lado setentrional que projeta da muralha cricundante de barro, e que funciona como a entrada usada atualmente, data do tempo dos imperadores Domiciano, Nerva, e Trajano (século I d.C), 
  • na face do portal encontra-se uma cena que ilustra o imperador Domiciano fazendo oferendas de vinho e pássaros perante Hathor, Hórus, Maet, Hor-wer, e Ihy
  • aparentemente o templo não tinha um pilono egípcio com duas torres, 
  • o portal de Domiciano dirige a uma área aberta e espaçosa, 
  • ao lado direito há ruínas de um Mamisi – casa do nascimento de Hórus – e uma basílica Copta. Ao passar pela área vasta chega-se ao pátio exterior que dirige à Colunata ( a sala hipostila ), a parede externa da colunata está decorada de diversas cenas que ilustram o imperador Tibério perante divindades diferentes, Claudio fazendo oferendas a Hathor e Ihy – o seu filho – e outra vez Tibério adiante de Hathor
  • a colunata tem 24 colunas divididas em 6 filas, 3 colunas em cada fila. Cada coluna tem capitel hatórico – capitel em forma da cabeça da deusa Hathor. Entre os relevos mais importantes sobressaem-se as do teto sobre tudo as que ilustram Nut – deusa do céu – em forma de uma mulher com corpo curvado e decorado de estrelas, constelações e signos, 
  • as paredes estão decoradas, geralmente, de cenas que demonstram os reis e imperadores fazendo oferendas ou preces perante Hathor e outras divindades, 
  • a colunata dirige a outra sala menor em tamanho com 6 colunas e contém 3 capelas em cada lado,
  • a primeira capela no lado direito chama-se " Casa da Prata", pois se acredita que os utensílios e equipamentos preciosos de prata e ouro foram armazenados ali, 
  • a primeira capela localizada no lado esquerdo foi conhecida como "o Laborátorio" devido à existência de relevos que representam drogas, medicamentos e receitas de remédios, e além disso neste quarto os perfumes e as essências foram fabricadas, 
  • a segunda capela no lado direito foi conhecida como quarto de oferendas, enquanto a segunda capela no lado esquerdo chama-se "quarto da Recolheita", provavelmente foi um quarto dedicado à armazenagem das recolheitas,
  • a terceira capela no lado direito tanto como a terceira capela no lado esquerdo tinham uma funcão incerta, provavelmente funcionavam como um certo porão do templo, 
  • a segunda Colunata dirige ao primeiro vestíbulo conhecido como a "Sala das Oferendas" o primeiro vestíbulo dirige ao Segundo Vestíbulo conhecido como " Sala das divindades" cujas paredes estão cobertas com cenas que representam o rei fazendo oferendas às divindades,
  • através do segundo vestíbulo chega-se ao santuário do templo, a parte mais sagrada e mais escura do templo. Um quarto quase escuro e pelos relevos das paredes sabemos que o santuário tinha originalmente um sacrário para guardar a imagem ou a estátua da divindade. Este é o lugar onde o alto sacerdote do templo exercia o ritual do serviço diário a deusa Hathor. Como o lugar mais santo do templo ninguém estava autorizado a entrar, menos o alto sacerdote,
  • o santuário está rodeado de 11 quartos dedicados a diversos deuses,
  • o templo tem 32 criptas, 11 apenas estão decoradas, 
  • de volta ao primeiro vestíbulo há um corredor que dirige ao telhado do templo por uma escada. No telhado encontra-se uma capela conhecida como a " Capela da União com o Disco Solar". É uma sala pequena situada no lado sudeste do telhado que tem 12 colunas com capitéis hatóricos e sem teto. Se acredita que com o primeiro dia do ano novo, os sacerdotes levavam as estáuas de Hathor, o seu esposo Hórus e o seu filho Ihy a está sala no telhado para receber os primeiros raios do sol e assim se realiza o processo da união com o sol.

– Dentro do recinto do templo há ruínas antigas de uma Basílica, um Sanatório, além do Lago Sagrado. A Basílica Copta é uma igreja muito destruída que provavelmente foi construída no século V. O teto da basílica caíu. É um edifício pequeno que tinha duas entradas. O átrio da igreja além do santuário estava decorado de estrelas e no fundo da basílica existe ruínas de uma capela.



– A cena mais famosa que estava representada com perfeição no lado ocidental do teto conhecida como o Zodíaco, foi transferida pelos franceses ao Museu do Louvre, agora existe uma réplica que mostra as doze figuras dos signos conhecidos: Leão, Cancer, Escorpião, Virgem, Libra, Capricórnio, Aquário, Peixes, Touro, Aries, Gêmeos e Sagitário.




– O Sanatório de Dendera é um hospício anexado ao templo. É um edifício importante que atraia os peregrinos e passageiros doentes para receberem tratamento médico. Este edifício de ladrilho tem 11 quartos que acomodavam os doentes.

– O Lago Sagrado é um dos elementos fundamentais dos templos egípcios. Situado no lado norte do recinto de Dendera. No Egito antigo todos os sacerdotes tinham que fazer ablução ou purificação com águas do lago sagrado antes de começarem o seu trabalho diário no templo. Além disso, o lago sagrado simboliza às águas ou aquele oceano de que o universo foi criado conforme as crenças egípcias antigas.

– Anualmente, há uma viagem de Hathor através do Nilo (em que o seu temperamento bravio era suavizado por músicas e bebidas) para consumar o seu divino casamento com o deus falcão Hórus, que a aguarda em Edfu (cidade situada a cerca de cento e sessenta quilometros). Esta diligência mítica, que mantinha Hathor afastada da sua morada durante cerca de três semanas, era celebrada pelos egípcios com um festival alegre e faustoso. Procurando reproduzir o trajeto executado pela deusa, a solene procissão seguia então pelo rio, rasgando com uma barca “A Bela de Amor" onde, uma estátua de Hathor se elevava. Os sacerdotes de Edfu preparam o encontro dos esposos, que ocorrerá no exterior do santuário, mais exatamente numa exígua capela localizada a norte da cidade. Este encontro deveria suceder num momento preciso, ou seja, à oitava hora do dia da lua nova do décimo primeiro mês do ano. Quando por fim Hathor abençoa Edfu com a sua magnífica presença e perfuma os lábios de seu esposo com o incenso de um beijo, iniciam-se então as festividades, no decorrer das quais a deusa é aclamada, saudada e inebriada com a música docemente tocada em sua honra. Não era pois Hathor a “Dourada”, a “Dama das Deusas”, “A Senhora” e “A Senhora da embriagues, da música e das danças”?

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre e Descobrir Egipto

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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