quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nectanebo II, o último faraó egípcio




Não é um faraó célebre. Mas merece um lugar nas galerias de retratos de faraós egípcios. Foi o derradeiro elo da longa cadeia de dinastias começada com Menés.






Foram 800 anos entre o final do reinado de Ramsés III e o início do de Nectanebo II. De 1153 a 1070 a.C, oito reis usaram o nome de Ramsés, mas nenhum conseguiu devolver ao Egito o seu esplendor. De 1070 a 715 a.C  decorre o Terceiro Período Intermediário (da XXI a XXIV dinastia); em 715 a.C. tem início a Baixa Época, que terminará em 332 a.C, com a conquista de Alexandre.

A economia  conhece períodos difíceis, a religião transforma-se, pois as correntes populares diferenciam-se cada vez mais claramente dos círculos iniciáticos. O Egito conhecerá várias invasões que acabarão por fazer dele um país conquistado. Apesar de tudo, a noção de "faraó" não desaparece. Até mesmo os soberanos estrangeiros que reinam nas Duas Terras terão de ser coroados faraós e passar pelos ritos ancestrais. O faraó é a alma do Egito.

O reinado
Nectanebo II sobe ao trono em 360 a.C, e tem que confrontar-se com uma situação muito difícil, quando o rei anterior, Teos, fugira do Egito após uma pesada derrota inflingida pelos persas. Nectanebo era soldado na Síria, regressou, conteve a revolta, fez-se reconhecer como chefe pelos notáveis locais e tornou-se faraó.

– Rei pacífico e religioso, conhece um clima de paz e possui uma economia relativamente estável que lhe permite por em prática um grande programa de construções. Dedica-se a construir e restaurar templos. Trabalha-se em:
  • Mênfis
  • Bubastis
  • Abidos
  • Karnak
  • Edfu
  • Filae
O Egito já não é uma grande potência, mas aprendeu a conhecer o mundo exterior, seus marinheiros empreenderam uma imensa viagem que os levou do mar Vermelho ao Cabo. A Duas Terras tem ligações econômicas com muitos outros países, abriu-se o chamado "canal dos Dois Mares" o primeiro Canal de Suez. 

O fim
Entre 343-342 a.C o rei persa Artaxerxes III invade o Egito, por mar e terra, o Delta é invadido e Mênfis, a capital administrativa, é dominada. Todo o Egito é conquistado, e seus templos sofrem graves estragos. Não sabemos como desapareceu o último faraó egípcio, grande construtor e infortunado soldado. Deve ter acabado os seus dias na Núbia. 
  • Portanto, 343 a.C. foi o último ano em que um faraó de origem egípcia reinou no "trono dos vivos".
(do livro 'O Egito dos Grandes Faraós história & lenda' de Christian Jacq)

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Egito

Duas grandes forças: o rio Nilo e o deserto do Saara, configuraram uma das civilizações mais duradoras do mundo. Todos os anos o rio inundava suas margens e depositava uma camada de terra fértil em sua planície aluvial. Os egípcios chamavam a região de Kemet, "terra negra". Esse ciclo fazia prosperar as plantações, abarrotava os celeiros reais e sustentava uma teocracia – encabeçada por um rei de ascendência divina, ou faraó – cujos conceitos básicos se mantiveram inalterados por mais de 3 mil anos. O deserto, por sua vez, atuava como barreira natural, protegendo o Egito das invasões de exércitos e idéias que alteraram  profundamente outras sociedades antigas. O clima seco preservou artefatos como o Grande Papiro Harris, revelando detalhes de uma cultura que ainda hoje suscita admiração.

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