- Faluca vem do árabe folk (barco). Não confundir com a dahabeya, casa flutuante cujo nome também veio do árabe: zehab (viagem) e dahab (ouro), pois no começo do século XX pediam a seus proprietários para pintar de dourado as paredes externas da casa.
No Egito o vento sopra sempre do norte para o sul, enquanto o Nilo corre do sul para o norte.
Na antiguidade os barcos mais utilizados não diferiam muito das falucas atuais, mesmo com sua vela quadrangular. Cargas enormes – obeliscos ou pedras das pirâmides e dos templos – podiam ser transportadas em sólidas embarcações de sicômoro local ou de cedro do Líbano. De outubro a março, quando as águas estão num bom nível, entre a cheia e a estiagem, o Nilo fica repleto de barcos de toda espécie, que transportam viajantes, peregrinos, mercadorias.
Hoje as falucas ainda são o meio de locomoção e de transporte mais barato, já que não podem ser dos mais rápidos. Estão sempre abarrotados – homens, mulheres, crianças, galinhas, cabras, carneiros, blocos de pedra, sacas de trigo – enquanto se deixam levar pela correnteza ou são empurradas pelo vento que escancara as velas ao sol. Quando não há vento, quando a água fica estagnada, as falucas arrastam-se com uma resignação tipicamente egípcia, quase imóveis no meio do rio. (do livro 'Egito um olhar amoroso')
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